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Dor neuropática crônica
A dor neuropática crônica é um tipo de dor crônica resultante de lesão ou doença do sistema nervoso somatossensorial. Este sistema nervoso fornece informações sobre o corpo, incluindo a pele, o sistema musculoesquelético e os órgãos viscerais. A dor neuropática pode surgir de danos nas estruturas periféricas ou centrais desse sistema nervoso. Quando persiste ou recorre por mais de três meses, é considerada dor crônica. Essa dor pode ser espontânea (contínua ou episódica) ou desencadeada, como uma resposta exacerbada a um estímulo doloroso (hiperalgesia) ou uma resposta dolorosa a um estímulo normalmente não doloroso (alodínia).
O diagnóstico de dor neuropática requer uma história de lesão ou doença do sistema nervoso, como acidente vascular cerebral ou trauma nervoso, ou condições como neuropatia diabética, juntamente com uma distribuição neuroanatomicamente plausível da dor. Os sintomas ou sinais sensoriais negativos (como diminuição ou perda de sensação) e positivos (como alodínia ou hiperalgesia) devem corresponder ao território de inervação da estrutura nervosa afetada. A confirmação do diagnóstico de dor neuropática requer a demonstração da lesão ou doença no sistema nervoso, o que pode ser realizado por meio de técnicas de imagem, testes neurofisiológicos ou exames laboratoriais.
A dor neuropática representa uma fonte significativa de comprometimento físico, sofrimento emocional e impacto psicossocial, exigindo frequentemente um tratamento multimodal com um componente farmacológico específico.
(SCHOLZ; FINNERUP; ATTAL; AZIZ et al., 2019; TREEDE; RIEF; BARKE; AZIZ et al., 2015; 2019)